Mandados de busca e apreensão são cumpridos em Curitiba e Quatro Barras em operação que investiga crimes de corrupção


Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos nesta quinta-feira (16) em Curitiba e em Quatro Barras, na região metropolitana, em uma operação que investiga a prática de crimes de corrupção ativa e passiva e falsidade ideológica eleitoral. Denominada "Área Marginal", a operação foi deflagrada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), por meio da Promotoria de Justiça da 3ª Zona Eleitoral de Curitiba e do núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em conjunto com o Instituto de Criminalística. 

 De acordo com o MP, a investigação é sobre um suposto pagamento de vantagens ilícitas a um agente público para que, em 2014, fossem alteradas restrições ambientais em parte da Área de Proteção Ambiental do Iraí, em Quatro Barras, para permitir a instalação no local de um centro de distribuição de peças de uma montadora de veículos. 

Nesta quinta-feira, os mandados foram cumpridos em quatro residências e três empresas de investigados e em um escritório de contabilidade. Entenda o caso Segundo as investigações, a área beneficiada, às margens do Contorno Leste de Curitiba, havia sido adquirida em 2010 ao preço de R$ 2 o metro quadrado. 

 O MP informou que após a edição de um decreto estadual permitindo a exploração de atividade industrial no local, uma fração do imóvel foi vendida com supervalorização de 6.500%, ao preço de R$ 130 o metro quadrado. A investigação apura se a edição do decreto ocorreu por conta de um possível pagamento de propina de aproximadamente R$ 5 milhões. 

 Conforme o MP, parte desse valor, R$ 800 mil, foi paga em 2014 mediante doações para a campanha eleitoral de um dos investigados, formalizadas por meio de empresas de propriedade dos beneficiários. 

 Outra parte do valor, segundo as investigações, foi paga nos anos seguintes na forma de quitação de despesas pessoais do então candidato e familiares - especialmente taxas condominiais de empreendimentos imobiliários. O Ministério Público ainda afirmou que está apurando se outra parte da propina foi paga de forma diversa, inclusive com o uso de laranjas. G1
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